Tenho ouvido bastante a palavra resignação.
Parece estar na moda essa coisa de aceitação e abdicação.
Acho bonito não reclamar do que foi colocado em nosso caminho, não se importar com as críticas das pessoas maldosas, aceitar nosso destino sem discutir com o cara La de cima, mas também acho que acabamos não mudando coisas que nos incomodam, ou que podem mesmo ser mudadas.
Será que se eu me tornar uma mulher resignada não vou acabar fazendo só a vontade do outro, ou só ouvindo o outro e não eu mesma? Será que se eu abdicar de mim mesma mais do que o necessário não vou me perder?
Claro que muitas das coisas que acontecem devemos mesmo aceitar já que não tem jeito, mas as coisas que podem ser mudadas porque eu devo aceitar?
Já a abdicação ela acontece naturalmente, quando, por exemplo, nos tornamos mãe, mas essa na verdade é uma escolha nossa e fazemos por amor, o que na verdade estou questionando é se vale a pena abdicar da minha felicidade para ganhar dinheiro? Para fazer alguém feliz?
Onde está escrito que vou ser mais evoluída se eu não reclamar mais?
Na verdade essa história me veio a cabeça por causa do dia internacional das mulheres... Por que nós temos maior propensão para nos tornarmos pessoas assim do que os homens?
Tá aí mais uma coisa para pensarmos. A pergunta agora é: Valeu mesmo a pena queimar o sutiã na praça?
terça-feira, 9 de março de 2010
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